Coluna do Pombo 1077
Tem gente calada cantando com Lulu, a melodia como se fosse sua:
“Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer”
Mas como eu não sou gente e nem cantor, eu posso falar de qualquer amor mergulhada ou não em dor.
Pior que o tiro do inimigo, é o tiro amigo, aquele que te pega fatalmente pela nuca.
Aquele que tinha em quem atirar, agora volta sua mira para copos e latinhas.
Sair da alça de mira não é para quem toca lira, não vende ilusões e nem se afoga em mentiras.
Já diz o dito popular, doado pelo velho e bom Assis:
“Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte”.
Agora quando o cabra é artista e não é burro, com certeza não bate a cara contra o muro, não usa colírio e nem tão pouco óculos escuro.
A quem age ao contrário disto prefere outro mantra do velho Raulzito:
“Mamãe eu não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito …”