DestaqueHistórias Afro-BrasileirasNotícias

Quilombo de Resende

No início do século XIX, escravizados fugitivos das fazendas próximas da vila de Resende organizaram um quilombo nas matas da região. O Quilombo de Resende se tornou uma ameaça aos moradores e às autoridades locais pelos recorrentes assaltos feitos às propriedades da região. No ano de de 1808 são emitidas ordens para destruir o Quilombo. No entanto, não é de conhecimento o sucesso dos movimentos de repressão.

A resistência escrava foi uma resposta constante a escravidão. Houve muitas formas de resistir no Brasil, mas as fugas e a formação de comunidades pretas eram as que mais ameaçavam as autoridades locais. A formação de quilombos, que partia dessas fugas escravas, demonstrava a consciência dos pretos sobre a realidade em que estavam inseridos. Os quilombolas, por via de regra, possuíam roças, mantinham relações com os comerciantes locais e cometiam crimes, como saques em propriedades e assassinatos.

No ano de 1808, foram expedidas ordens de destruição para várias regiões e a Vila de Resende foi uma delas. Não há outros documentos sobre o Quilombo de Resende até o momento, assim não se conhece em detalhes o processo de formação do quilombo, tampouco a repressão ocorrida após o resultado da expedição em 1808.

A repressão podia envolver tanto a população local e capitães do mato com expedições próprias como a solicitação de soldados. Alguns casos eram usados nativos por conhecerem as florestas da região. Os invasores ao obterem sucesso sobre os rebeldes queimavam suas roças, casas e capturavam os rebeldes, o costume era devolvê-los aos respectivos donos.

Os quilombos eram respostas às severas condições impostas aos escravizados. As incursões de tropas e de capitães-do-mato poderiam pôr fim a algumas comunidades, mas, enquanto o sistema escravocrata os explorasse, a resposta viria cada vez mais violenta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *