Editorial: SPDM x AMG
Dizem os teóricos da conspiração que a CEI – Comissão Especial de Inquérito, criada pelos vereadores de Taboão da Serra, teria como pano de fundo a troca da SPDM – Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, pela AMG – Associação Metropolitana de Gestão.
Essa teoria, contudo, estaria enfraquecida de lógica e razão, esse plano mirabuloso, envolvendo Embu da Serra e Taboão das Artes, se realmente existisse, hoje dificilmente seria realizada.
Como primeira premissa, a ser levada em consideração, é a de que o principal motivo para a abertura da CEI seria a prestação de contas dos supostos R$ 32 milhões que a SPDM teria recebido do Governo Federal para o combate ao COVID 19 em Taboão da Serra.
Muita gente sabe, mais parece que os vereadores não, que os tais R$ 32 milhões vieram para a administração pública para combater o COVID 19 e, também, como forma de compensação pela queda da receita municipal em 2020.
A segunda premissa a ser levada em consideração, é o escândalo, propagado em rede nacional contra a AMG, investigada por suspeita de desvios de recursos federais da ordem de R$ 100 milhões nos municípios de Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Hortolândia.
Desse modo, se os teóricos da conspiração tivessem razões em suas argumentações, os vereadores de Taboão das Artes estariam órfãos da AMG, já apelidada por alguns como “Amigos Muito Gananciosos”.
O que a população taboanense espera, é que a tal teoria da conspiração não passe de uma falácia, mas se tiver alguma fundamentação, que ela nunca prospere.
Isso não quer dizer que a SPDM, também apelidada de “Somente Pela Divina Misericórdia”, seja um exemplo de Excelência nos serviços prestados a cidade.
Mário Aparecido de Souza
Jornalista e Editor