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FUNCIONÁRIOS DO PROCON DECRETAM ESTADO DE GREVE EM SP

Não há sociedade forte com funcionalismo público fraco

 

Funcionários da Fundação Procon decretaram Estado de Greve em assembleia realizada na terça-feira (15 de março), Dia do Consumidor. O movimento, coordenado pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Sispesp) e pela Associação dos Funcionários do Procon (AFP), tem como objetivo pressionar o Governo a conceder reajustes salariais atrasados desde 2018. No comparativo à inflação, os servidores tiveram, nos últimos quatro anos, um déficit salarial de 25,26%.

A categoria justifica que desde o início da pandemia, os fiscais do Procon-SP estiveram nas ruas diariamente, fiscalizando aumentos abusivos nos preços de máscaras, álcool em gel, alimentos, gás de cozinha e testes para detecção da doença, além das diligências realizadas durante as madrugadas para apurar denúncias de festas e eventos clandestinos nos períodos mais rígidos de isolamento social.

Além de reposição salarial, reajuste de benefícios, incorporação de quinquênio e sexta-parte, plano de carreira, processo seletivo, entre outros itens. “Tanto o Sindicato como a categoria ficaram insatisfeitas com a resposta da Dex (órgão responsável) e a falta de avanço.”, afirma o presidente do Sispesp, Lineu Mazano.

A presidente da AFP, Adriana Rodrigues, frisa que a Fundação Procon-SP é uma entidade superavitária, com grandes valores de arrecadação e poucas despesas, muito embora todas as justificativas apresentadas pelo Governo para negar o pagamento dos atrasados e conceder os reajustes devidos seja a falta de dinheiro para tal. Até mesmo as promoções de carreira definidas em 2019 ainda estão atrasadas.

No dia 22, nova assembleia na região central de São Paulo deve definir os próximos passos da mobilização e ratificar a paralisação. De acordo com o presidente do Sindicato, se o Governo não ceder, “será impossível conter a pressão da categoria”, afirmou.

 

*por: Cinthia Ribas (Assessoria de Comunicação SISPEP)

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