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Câmara aprova, depois de 12 anos de congelamento, aumento de subsídio dos vereadores de São Lourenço da Serra

A Câmara Municipal de São Lourenço da Serra aprovou, em discussão única na noite de quarta-feira, 10/05, o Projeto de Resolução 002/23 que reajusta, depois de 12 anos de congelamento, os subsídios dos vereadores e do presidente da Casa. Os reajustes passam a valer a partir de 2025, na próxima gestão.

No caso dos vereadores, os salários saltarão dos atuais R$ 4.008,47 para R$ 6.500. Já especificamente em relação ao presidente da Câmara, o subsídio, que atualmente é de R$ 4.509,53, será de R$ 7.500.

O projeto, de autoria da Mesa Diretora, foi aprovado por 7 votos favoráveis e 2 votos contrários dos vereadores Almir Nunes e Gerson de Camargo, e já promulgado pelo presidente do Legislativo, José Flor dos Santos, popular Zelão.

No texto, como justificativa para os reajustes, os parlamentares afirmam que os novos valores propostos são razoáveis “perto do grande aumento inflacionário dos últimos anos, além de guardar obediência ao limite máximo de 75% do subsídio dos deputados estaduais”.

 

Votação tranquila

 

Antes da votação, propriamente dita, do Projeto de Resolução 002/23, o presidente Zelão, colocou em votação os pareceres das Comissões referentes as proposituras, que foram aprovadas por unanimidade.

Já a votação do PR 002/23, somete os vereadores Almir Nunes e Gerson de Camargo votaram contrários.

 

Explicações pessoais

 

Após a votação durante as explicações pessoais, fizeram o uso da Tribuna, 4 vereadores.

O primeiro a falar, vereador Almir, usou o seu tempo regimental de 10 minutos, mais não citou o aumento de subsídios. O segundo a falar, vereador Wagner Garcia, fez duras e severas criticas á postura dos vereadores que votaram contra o projeto, “Que veio para corrigir uma defasagem de mais de 12 anos”. O último reajuste dos subsídios dos vereadores ocorreu em meados de 2011, que foram, na época, aprovados os R$ 4.008,47 para vereadores e R$ 4.509,53 para Presidente, valido para o exercício de 2013/2016. De lá pra cá as gestões de 2017/2020 e 2021/2024, não tiveram nenhum reajuste.

O vereador Wagner, em sua fala, criticou a conduta dos vereadores Almir e Gerson, chamando-os de “covardes” e desafiou o ex-presidente da casa Gerson de Camargo e Almir Nunes a assinar um documento em cartório, a partir dessa semana, para doarem dois terços dos seus salários para entidades assistenciais na cidade. Isso devido a propagação pelas redes sociais de que, segundo o vereador Almir, os vereadores deveriam receber somente R$ 1.400. O vereador Wagner conclui seu raciocínio classificando os dois como covardes e hipócritas.

O terceiro parlamentar a falar foi a vereadora Ethel, que também teceu severas criticas á postura dos dois vereadores.

Quando um dos vereadores pediu a parte ela não concedeu.

O quarto a usar a Tribuna foi o vereador Peninha, que em suas explanações explicou as motivações que impossibilitaram o reajuste dos subsídios dos vereadores de São Lourenço da Serra.

Ao disparar seus comentários contra os vereadores que votaram contra, teve um pedido de aparte pelo vereador Almir. Peninha não cedeu o aparte e completou dizendo que “Você teve seu tempo regimental de 10 minutos e sequer tocou no assunto” e concluindo seu raciocínio também desafiou os vereadores que renunciassem a diferença salarial para a próxima Legislatura “caso sejam eleitos”, disse ele.

Apesar de toda a articulação promovida nas redes sociais contra o aumento dos subsídios dos vereadores, a votação foi tranquila e contou com uma boa participação popular.

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