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Matilde Ribeiro, primeira Ministra negra do Brasil

Ela foi, sem duvida, a primeira Ministra negra do País. Depois dela, luizlinda foi a segunda cronologicamente, mas sendo a primeira Ministra dos direitos humanos. Atualmente mais duas mulheres negras ocupam a titularidade dos ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, Margareth Menezes e Anielle Franco Respectivamente.

 

Matilde Ribeiro GCRB (Flórida Paulista29 de julho de 1960) é uma professoraassistente social e ativista política brasileira filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), atuando nos movimentos negro e feminista. Foi ministra-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Governo Lula.

Como ministra, além da política voltada aos quilombolas e do inicio da tramitação do Estatuto da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro conseguiu convencer o presidente Lula na implementação das quotas raciais, tendo aprovada essa política pública (em detrimento da posição inicial dos ministros como Tarso Genro e Fernando Haddad, que defendiam somente quotas sociais). A polêmica em torno da aprovação das cotas raciais fez com que Matilde Ribeiro enfrentasse a oposição de jornalistas, como Ali Kamel da Rede Globo, que negavam a existência de racismo no Brasil. A lei das cotas raciais foi aprovada em 2012.

Atualmente, é professora adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Trabalhou no campus dos Malês em São Francisco do Conde, na Bahia, e hoje está lotada na sede da instituição em Redenção no Ceará.

Biografia

Militante do movimento negro e do feminismo, formou-se em serviço social na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Nascida numa família de baixa renda, é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Após participar da equipe da campanha petista vitoriosa nas eleições presidenciais de 2002, ela foi convidada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o primeiro-escalão do governo em março de 2003. Ocupou até 1 de fevereiro de 2008 a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), que tem status de ministério.

Esteve em Manaus, em abril de 2005, na I Conferência Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, marcada pelo protestos do movimento mestiço contra a política de não-reconhecimento da identidade cabocla pela SEPPIR. Mesmo assim, em agosto do mesmo ano, foi admitida pelo presidente Lula a integrar a Ordem de Rio Branco já em seu último grau, a Grã-Cruz suplementar.

Carreira Acadêmica

Aprovada em concurso público, Matilde Ribeiro é desde maio de 2014 professora no Instituto de Humanidades e Letras da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Em 2014 lançou o livro Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Brasil (1986-2010) (Garamond, 2014), que foi saudado por Kabengele Munanga e Nilma Lino Gomes como uma referência fundamental para todos os estudiosos do tema.

Controvérsias

Declarações polêmicas

Frases suas abordando a questão das quotas raciais nas universidades públicas, “Acho melhor ter brancos ressentidos, mas negros dentro das universidades do que ter branco feliz e negro fora da universidade”. Em uma entrevista à BBC Brasil, a ministra causou polêmica ao declarar que “não é racismo quando um negro se insurge contra um branco”, e que “[a] reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, […] é natural”. Após repercussão negativa, a SEPPIR divulgou nota de esclarecimento assim como houve nota da própria ministra no site do PT. Diversas entidades e instituições, inclusive afrodescendentes, manifestaram-se contra as declarações da ministra. No entanto, Matilde Ribeiro foi absolvida pelo Ministério Público da acusação de racismo, que ao analisar a íntegra da entrevista concedida pela então ministra para a BBC, constatou que “Ao contrário, a transcrição integral da entrevista demonstra que Matilde Ribeiro rechaçou tal possibilidade e expressamente desaprovou a conduta”.

As declarações de Matilde Ribeiro, foram interpretadas de modo parcial pela imprensa, por exemplo, Reinaldo Azevedo, em março de 2007, em blogue da revista Veja, pedia que a ministra fosse demitida e processada.

 

Pesquisa:  Jose Lucas (Folha do Pirajuçara)

Fonte: https://pt.wikipedia.org

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