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08 de Março, uma data para a reflexão e ação

O 8 de março é celebrado em todo o mundo como uma data que marca a luta das mulheres. Em 1908, em Nova York, quando 15 mil mulheres marcharam reivindicando melhores salários, redução da jornada de trabalho e direito ao voto, foi plantada uma semente que buscava mais direitos e menos exploração do corpo feminino. 

A data, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), marca um momento de luta das mulheres em todo mundo e serve também para relembrar as injustiças que todas as mulheres sofrem diariamente. Nesse sentido, o mês de Março se tornou um momento em que a reflexão dos direitos políticos das mulheres são pautadas e todas as desigualdades de gênero são evidenciadas.

Rosângela Santos, ex-vereadora da cidade de Embu das Artes e Deputada Federal Suplente, é um exemplo prático de como políticas sociais que atendem mulheres em situação de vulnerabilidade social podem transformar vidas. Hoje uma grande liderança feminina em Embu das Artes, Rosângela foi a Brasília recentemente para seguir lutando pelo da cidade e em especial, nesse mês das mulheres, lutar por uma “ Casa da Mulher Brasileira” no município.   

Segundo ela, as políticas públicas propostas pela atual gestão da cidade não são compatíveis com as necessidades das mulheres da cidade. Rosângela acredita que a proteção das mulheres e o acolhimento em casos de violência doméstica é o mínimo que o poder público pode oferecer. Para ela, a política de valorização das mulheres deve partir de oportunidades de emprego e estudo de qualidade e do oferecimento de serviços básicos como saúde e transporte, por exemplo, que de fato funcionem e melhorem a vida das mulheres embuenses.

Algo que ajuda a explicar a desigualdade de gênero, é o fato de que, historicamente, o sexo feminino foi visto como útil apenas para tarefas de cuidado com a família e o lar, sem liberdade para trabalhar fora ou realizar atividades para o próprio sustento. Apesar desse contexto, as últimas décadas e algumas mulheres pelo Brasil e pelo mundo nos vem mostrando que essa situação está se transformando. 

A câmara dos deputados divulgou um estudo que evidencia que de 1990 até a eleição do ano passado, o número de deputadas subiu de 31 para 90 legisladoras. Este é um dos indicativos que mostram que a representação feminina está crescendo em espaços de poder no Brasil. Apesar disso, é interessante notarmos que as mulheres, em especial as mulheres pretas e pobres, são as pessoas que mais sofrem com a exclusão dos espaços de decisão. 

Se considerarmos que as mulheres no Brasil, foram ter o direito de votar apenas em 1935, devemos olhar também para as desigualdades de oportunidades que isso gera e encarar o empoderamento feminino como parte central de uma política governamental que constrói uma nação.

A história nos mostra que é apenas a partir da luta feminina que é possível avançar na garantia de direitos e oportunidades. Hoje, com o Governo Lula, possuímos políticas públicas que buscam defender e garantir os direitos das mulheres. No dia 8 de Março de 2023 o Governo Federal relançou o programa “Mulher, viver sem Violência”. Para além de oferecer acolhimento para as mulheres que sofrem com violência doméstica, o programa também considera fundamental garantir o acesso das mulheres a serviços públicos de qualidade. 

Incluso no programa “Mulher, viver sem Violência”, o Governo Lula também institui a criação de 40 “Casas da Mulher Brasileira” por todo Brasil. Atualmente, existem 8 “Casas” em todo território brasileiro e as experiências relatadas por cidadãs que possuem este acesso evidenciam a necessidade de oferecermos esse serviço para as mulheres embuenses. 

Acolhimento, Apoio Psicossocial, Delegacia, Juizado/Vara especializada, Ministério Público, Defensoria Pública, Promoção de Autonomia Econômica, Central de Transportes, Brinquedoteca e Alojamento de Passagem, todos são serviços que a “Casa da Mulher Brasileira” oferece gratuitamente. 

 

Pedro Ventura 

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