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Hanseníase: discriminação é principal obstáculo para controle da doença, diz especialista

O tratamento, feito com antibióticos e quimioterápicos, leva de seis a 12 meses e é importante que não seja interrompido

 

O Brasil é o segundo país com maior registro de novos casos de hanseníase por ano, com uma taxa de 10,68 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde, sendo considerado um alto índice endêmico. Embora a doença tenha cura, a discriminação contra os pacientes ainda é um dos fatores que dificultam seu enfrentamento, segundo a dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Marli Manini.

“O maior problema é o estigma. As pessoas escondem a doença até dos familiares, então fica mais difícil o controle”, conta Manini. A dermatologista explica que a doença pode ficar incubada por até cinco anos e a transmissão ocorre quando aparecem os sintomas. O tempo de incubação dificulta a detecção da origem da infecção.

A hanseníase é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium leprae e é transmitida por vias aéreas. Os primeiros sintomas são manchas sem pelos e falta de sensibilidade na pele. “A maior parte da população já nasce resistente à doença e só algumas pessoas que entram em contato com doentes sem tratamento adoecem”, diz a dermatologista. Manini explica que, após a incubação, as lesões variam de acordo com a resistência do organismo do paciente, apresentando diferentes formas, contagiosas ou não.

Quando não tratada, a hanseníase afeta os nervos periféricos; além da perda de sensibilidade, causa retração dos dedos das mãos e incapacidade física nos casos mais graves.

A hanseníase tem cura e o tratamento com antibióticos e quimioterápicos leva de seis a 12 meses. “O tratamento completo é importante para que haja a cura, pois o abandono pode levar a uma resistência aos medicamentos”, completa Manini.

 

Sobre o Seconci-SP

O Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP) é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, criada em 1964 com o objetivo de oferecer assistência à saúde para trabalhadores da construção civil e seus familiares. Com sede em São Paulo, a instituição mantém Unidades Ambulatoriais em diversas cidades do estado, realizando mais de 2 milhões de atendimentos anuais em serviços médicos, odontológicos, exames complementares e de apoio. Além disso, há mais de 25 anos, o Seconci-SP presta assessoria a empresas de diversos setores na gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), com equipe técnica especializada.

O Seconci-SP também se destaca pela sua experiência na gestão de saúde pública. Em 1998, foi convidado a integrar a primeira geração de Organizações Sociais de Saúde (OSS) do Brasil e, desde então, gerencia diversos equipamentos públicos de saúde, incluindo sete hospitais, nove Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), o Serviço de Reabilitação Lucy Montoro Taubaté, o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi II) e o Centro Estadual de Armazenamento e Distribuição de Insumos de Saúde (Ceadis).

Desde 2008, o Seconci-SP é responsável pela gestão dos territórios Penha e Ermelino Matarazzo, na cidade de São Paulo, abrangendo 53 equipamentos de saúde e mais de 70 serviços.

 

*por: Jéssica Roccella (Agência VFR)

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