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Impactos Ambientais da Nova Raposo em Itapecerica da Serra

A construção da “Nova Raposo” em Itapecerica da Serra, parte de um projeto maior de ligação entre a Rodovia Raposo Tavares e a BR-116, gera diversas preocupações ambientais na região:
Desmatamento e Perda de Vegetação Nativa:
 * A expansão da rodovia e a construção de novas vias podem levar ao desmatamento de áreas de Mata Atlântica, um bioma crucial para a biodiversidade e recursos hídricos.
 * A remoção da vegetação nativa contribui para a impermeabilização do solo, elevando o risco de enchentes e deslizamentos.
 * Há relatos de que o projeto pretende atravessar áreas de mata preservada, impactando diretamente a vegetação existente.
Fragmentação de Ecossistemas:
 * A construção de novas estradas pode fragmentar habitats naturais, isolando populações de animais e plantas, dificultando sua movimentação e reprodução.
 * Essa fragmentação pode levar à perda de biodiversidade e até à extinção de espécies locais.
 * Estudos indicam a presença de diversas espécies de mamíferos na região, que podem ser afetadas pela fragmentação e aumento do tráfego.
Impacto em Recursos Hídricos:
 * A construção pode afetar cursos d’água essenciais para os mananciais da região.
 * Há o risco de contaminação da água durante as obras e após o aumento do fluxo de veículos.
Poluição do Ar e Sonora:
 * O aumento do tráfego, especialmente de veículos pesados, pode intensificar a emissão de gases poluentes prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
 * O ruído gerado pelo tráfego pode afetar a qualidade de vida das comunidades vizinhas.
Outros Impactos Potenciais:
 * Indução ao crescimento urbano desordenado ao longo da nova via.
 * Impactos sociais como desapropriações e deslocamento de comunidades.
Reações e Manifestações:
 * Moradores e entidades ambientais têm manifestado preocupação com os impactos do projeto.
 * Um “Manifesto Ambiental Embu Itapecerica Contra Nova Raposo” foi criado por organizações da sociedade civil.
 * Audiências públicas e debates estão sendo realizados para discutir as consequências do projeto.
É importante ressaltar que o traçado exato da nova rodovia ainda está sendo definido, o que gera incerteza sobre a magnitude dos impactos em áreas específicas de Itapecerica da Serra. A necessidade de estudos ambientais rigorosos e a participação da sociedade civil são cruciais para mitigar os potenciais danos.
Principais envolvidos no projeto
Os principais envolvidos no projeto da “Nova Raposo” em Itapecerica da Serra e região abrangem diversos setores:
Governo:
 * Governo do Estado de São Paulo: Responsável pela idealização, planejamento e leilão do projeto, através da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) e da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP).
 * Prefeituras Municipais: As prefeituras de Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Cotia e outros municípios impactados estão envolvidas em discussões, audiências públicas e no acompanhamento do projeto.
Empresas Concessionárias:
 * EcoRodovias: Venceu o leilão da Nova Raposo e será a responsável pela modernização, operação e manutenção do trecho por 30 anos. Outras empresas que participaram do leilão foram CCR, EPR (Equipav e Perfin) e Via Appia.
Órgãos Ambientais:
 * CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo): Responsável pelo licenciamento ambiental do projeto, incluindo a análise de estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) e a realização de audiências públicas.
 * Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP): Abriu inquérito para investigar o projeto.
Sociedade Civil Organizada e Moradores:
 * Entidades Ambientais: Organizações como a Sociedade Ecológica Amigos do Embu (SEAE) e a Preservar Ambiental estão ativamente mobilizadas contra o projeto, organizando manifestações e audiências públicas.
 * Moradores da Região: A população local tem se manifestado preocupada com os potenciais impactos ambientais e sociais do projeto. Um “Manifesto Ambiental Embu Itapecerica Contra Nova Raposo” demonstra essa mobilização.
Outros Envolvidos:
 * Investe SP: Agência paulista de promoção de investimentos que realizou a sondagem de mercado do projeto.
 * Bancos e Investidores: Instituições financeiras como Bradesco, BTG e outras demonstraram interesse no projeto durante a fase de sondagem.
 * Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP): Tem realizado seminários e debates sobre o projeto.
É importante notar que a dinâmica dos envolvidos pode evoluir à medida que o projeto avança. A participação ativa da sociedade civil e o acompanhamento dos órgãos ambientais são cruciais para garantir a transparência e a mitigação dos impactos negativos.
É importante notar que há uma mobilização da população e de diversas entidades contra o projeto, com o argumento de que os impactos sociais e ambientais não foram devidamente considerados e que alternativas, como o investimento em transporte público, deveriam ser priorizadas.
Uma das oportunidades é participar da Audiência Pública sobre o tema que irá acontecer no próximo dia 10/05 na Câmara Municipal de Embu das Artes das 8h30 às 12h, inscrições através do link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfE5fa4oF4z3kiHCIiekz8ne1ZmIkOij4msmviWEc4RequOSw/viewform?usp=header

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