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ADUTORA DA SABESP ROMPEU EM LIXÃO DE EMBU DAS ARTES

A adutora da Sabesp, que rompeu em Embu das Artes, em 23 de julho e deixou 160 mil pessoas sem água, está ao lado de um aterro gigantesco de mais de  212 mil m², o que equivale a 21 campos de futebol. O aterro de entulho, terra e lixo, cresceu enormemente desde 2021 e tomou o lugar de uma floresta pungente de Mata Atlântica, soterrou quatro nascentes e avançou para um dos mais importantes contribuintes da Represa Guarapiranga, o Rio Embu-Mirim, localizado dentro do Parque da Várzea, entre as alças do Rodoanel. A destruição avançou de dentro da mata em direção a outra aberração, o aterro sanitário de Embu das Artes, próximo à BR 116, que está em recuperação, mas com um potencial contaminante perigosíssimo, com suas águas em decantação, cheias de chorume, um líquido escuro, viscoso e de mal cheiro, que sobra da decomposição do material orgânico dos lixões, contaminado também por metais pesados, como chumbo e mercúrio. Na imagem, dá pra ver a piscina de decantação, e ao lado dela, um lago de chorume, sem qualquer impermeabilização, a céu aberto. E sabe o que tudo isso significa? Que a Sabesp, o Prefeito Ramon Corsini e os vereadores de Itapecerica da Serra mentiram sobre o que estava efetivamente acontecendo no local. Agora, com a verdade vindo à tona, se desesperam, falam em multa, em Ação Civil Pública, mas sabiam dos riscos desde o início e não fiscalizaram, não cobraram a Sabesp e não te avisaram dos riscos que o rompimento dessa tubulação pode trazer para a contaminação dos nossos mananciais e para a água que chega na sua torneira. Foram sucessivos vazamentos. É de conhecimento público que a Sabesp perde mais de 30% de toda água tratada, a custos altíssimos, em vazamentos ao longo dos canos de distribuição. E o que essa água, um bem essencial à nossa sobrevivência, encontra pelo caminho? Crime Ambiental.

Veja as imagens do caso registradas pela ONG Preservar Ambiental no instagram:

https://www.instagram.com/p/DMv2S-kSM_1/

One thought on “ADUTORA DA SABESP ROMPEU EM LIXÃO DE EMBU DAS ARTES

  • MARIA LUCIA ROCHA

    Minha nossa😔 vem o sentimento que pode ser resumido em “muita água (hoje esgoto) passou pela ponte” desde quando conheci a cooperativa de reciclagem do Embu, recém criada, tinha 22 cooperados, famílias que antes “garimpavam lixo” no lixão que virou aterro sanitário. Havia, sim, preocupação e empenho forte sobre o chorume liberado, que a Sabesp tinha obrigação de recolher e não ou mal fazia, o gás produzido, canalizado, subia e mantinha uma chama permanentemente acesa… É desconsertante ver nesta matéria que o mal venceu e eu sequer vi as batalhas, se é que existiram, se é que não desistiram tamanho cansaço, tamanha resistência. Décadas de existência sobre tão graves erros de gestão dos resíduos sólidos. Ninguém liga para o que corre embaixo dos pés, né. Também nem dá tempo, ocupado em ganhar, consumir e dançar ao som bem alto pra não ouvir nem a consciência… É um “balde de água fria” em pleno inverno gelado. Mas tinha que tomar.

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