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Judô há quase 1 ano sem sala no Zé do Feijão pelo descaso da prefeitura

Por Daniella Valladão, especial para a Folha do Pirajuçara

Há mais de um ano, a turma de judô do ginásio Zé do Feijão sofre com o descaso da prefeitura.

A saga começou há mais de um ano, em  11 de outubro do ano passado, ainda na administração Aprígio, quando a sala de treinos foi afetada pelas fortes chuvas. Sem possibilidade de reparos, foi divulgado que a sala seria totalmente reconstruída. Com a troca de governo, a esperança de uma administração melhor começa a dar lugar à constatação de que pouca coisa parece ter mudado.

No dia 17 de maio, durante a reinauguração o prefeito, em entrevista à imprensa disse: “O projeto já está pronto, já chegou a emenda, se Deus quiser, em junho já estaremos iniciando as obras e entre setembro e outubro já estaremos inaugurando o espaço”, prometeu o prefeito engº Daniel.

Ouça a promessa do prefeito:

Apenas em 2 de junho, depois da insistência dos pais por uma solução houve a divulgação do novo horário das aulas: segundas-feiras às 21hs. Um horário provisório, muito inadequado, segundo os pais, já que a grande maioria da turma é de crianças.

“Absurdo as crianças, depois da escola, cansadas terem que fazer aulas de judô à noite”, disse uma das mães.

Longe de resolver o problema, os pais ainda foram informados da falta de tatames para iniciar as aulas, mais uma semana sem aulas depois, chegaram os tatames, totalmente sujos, indevidos ao uso.

Local onde ficava a sala de artes marciais no ginásio Zé do Feijão, prestes a completar um ano de sua “inexistência” (Foto: Especial para Folha do Pirajuçara)

Permaneceram assim, durante 15 dias, sem limpeza alguma por parte dos funcionários da prefeitura, até que, em 23 de junho, cansados de esperar,  os próprios pais se dispuseram a limpar os tatames, para que seus filhos enfim pudessem voltar aos treinos.

Porém, na semana em que foram limpos pelos pais, os tatames foram levados para um evento em 28 de junho, no Ginásio Ayrton Senna.

No dia 30, quando enfim seriam utilizados pela turma do judô, os tatames retornaram ao gináso Zé do Feijão totalmente sujos de doces e até sangue, causando total indignação dos pais que mais uma vez, viram as 80 crianças serem penalizadas com falta de treinos.

Mesmo voltando os treinos em horário improvisado e inadequado, os judocas e seus familiares continuam a lidar com o descaso da prefeitura e secretaria de esportes.

Nestas últimas datas, os treinos foram sumariamente cancelados para que houvessem outros eventos no espaço: 08/09, 22/09, 13/10, 20/10.

“Os treinos que ocorriam, em anos passados, duas vezes por semana, com duração de uma hora e meia, agora acontecem de vez em nunca, em um horário que dificulta a participação das crianças e jovens”, um pai reclamou. (Os entrevistados terão o nome preservados na matéria por questão de segurança).

Estamos em outubro e a obra de reconstrução da sala para os treinos nem sequer iniciou, apesar da promessa do prefeito de que seria entregue setembro e outubro, agora, já parece que nem será em 2025.

A UNESCO considera o judô o melhor esporte para a formação inicial de crianças e jovens (dos 4 aos 21 anos) por promover uma educação física integral, que desenvolve o corpo e a mente. O esporte contribui para o desenvolvimento psicomotor, a inteligência, o autocontrole, o respeito e a sociabilidade, mas nem isso mobilizou o poder público para reconstruir o espaço adequado à prática esportiva.

Judocas e seus pais já não sabem mais a quem recorrer e lembram que continuam a pagar seus impostos religiosamente sem a devida contrapartida da prestação de serviços por parte dos orgãos públicos.

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