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O Pódio da Ironia: Um Comparativo Olímpico

Se a Câmara Municipal de Taboão da Serra tivesse direcionado os R$ 560.000,00 para a aquisição de medalhas de ouro olímpicas (ao custo unitário de R$ 5 mil cada, ou seja, 4x menor que o custo de R$ 20 mil das honrarias, as medalhas olímpicas que representam o ápice da excelência esportiva global), o resultado seria o seguinte:

Com esse orçamento, a Câmara poderia ter comprado 112 medalhas de ouro olímpicas.

Para colocar essa quantia em perspectiva: o Brasil, com todo o seu investimento e a dedicação de milhares de atletas, conquistou um total de 23 medalhas de ouro nas últimas cinco edições dos Jogos Olímpicos (Pequim 2008 a Paris 2024).

A brincadeira é inevitável: Em volume de “medalhas”, a Câmara de Taboão da Serra superou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por uma margem de oito décadas de glória. Onde o Brasil precisou de 17 anos e 5 Olimpíadas para juntar 23 ouros no peito, a Câmara conseguiria forjar 112 “placas e medalhas” com o dinheiro de um único gasto questionável. A Câmara se torna, ironicamente, uma potência de “ouros”, mas apenas no quesito custo de cerimônia.

A sociedade não espera que a Casa de Leis distribua títulos caros; ela espera que ela fiscalize, legisle e, principalmente, priorize o uso do dinheiro público para resolver problemas concretos.

 

Mário Aparecido de Souza

Jornalista diplomado

Primeira turma de 85 da FCS CL

MTB 18493

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