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O dever cristão do voto consciente

O clima eleitoral já toma conta do país, confirmadas as candidaturas dos que pleiteiam os cargos de Deputados Estaduais e Federais, Senadores, Governadores e Presidência da República nas eleições de outubro em nossos País. Campanhas nas ruas, começa a disputa pelos votos dos eleitores, sem o que é impossível lograr êxito no propósito de assumir um lugar no legislativo ou no executivo; afinal, esse é caminho da democracia.

No Brasil, a cada pleito, ela vai se consolidando, não obstante ainda carecermos de muitos outros elementos para construir a democracia plena que todos almejamos.

Dado o cenário da realidade brasileira, especialmente no tocante à prática política, estas eleições trazem consigo um duplo desafio. Primeiro, provar que o país possui lideranças capazes de propor alternativas às estruturas viciadas de uma política que, fugindo ao seu verdadeiro sentido, firmou suas bases na inescrupulosa prática da corrupção e da falta de ética no trato com a coisa pública.

Em segundo lugar, convencer o cidadão de sua insubstituível responsabilidade na árdua tarefa de participação da construção de uma nação em que a política volte a ser praticada no seu verdadeiro significado de serviço ao bem comum, a fim de se eliminarem as pecaminosas desigualdades que fazem nosso povo sofrer, especialmente, os pobres e excluídos.

De todas as formas e meios de participação política, o voto, livre e consciente, é o que está mais próximo e ao alcance de todos. Em uma das Assembleias da CNBB, os bispos aprovaram uma declaração em que afirmam a força do voto e o compromisso tanto de quem vota quanto de quem é votado e eleito.

O voto depositado na urna exige dos eleitores/as e dos eleitos/as um compromisso com a consolidação da democracia. Os eleitos/as são chamados a concretizar a mística do serviço, na esperança e na perseverança, construindo um mandato coletivo, em busca do bem comum, com a garantia de continuar os projetos positivos da administração anterior.

Os eleitores/as são convidados a acompanhar os eleitos/as no cumprimento de sua missão e a valorizar os que atuam com critérios éticos.

Nem é preciso dizer que os cristãos, neste particular, têm especial dever de cuidar para que seu voto traduza a coerência do testemunho de sua fé, escolhendo candidatos, cuja vida seja calçada na ética, no respeito aos direitos humanos e na defesa dos valores que dignificam a pessoa humana.

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