II Blitz “Disque 180” leva conscientização á população taboanense
No último dia 29/08, as vereadoras Joice Silva e Priscila Sampaio, a gestora da Coordenadoria de Defesa da Mulher Dra Sueli Amoedo e um grupo de voluntários, realizaram no Centro de Taboão da Serra a 2ª Blitz sobre o “Disque 180”. O objetivo da atividade foi de alertar a população sobre como denunciar casos de violência contra a mulher.
Em frente a Faculdade Anhanguera na Rodovia Régis Bittencourt com faixas e folhetos, diversas pessoas foram abordadas e orientadas a respeito do disque 180
Iniciativa
A ação é resultado de uma lei das vereadoras Joice Silva e Priscila Sampaio, com apoio da deputada estadual Analice Fernandes e teve como objetivo conscientizar motoristas e pedestres sobre a importância de denunciar os casos de violência contra a mulher e como fazê-lo.
Com faixas e folhetos, diversas pessoas foram abordadas por voluntários, que as orientaram a respeito do telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, em que é possível fazer uma denúncia anônima sobre alguma agressão no ambiente doméstico. O atendimento é feito durante 24 horas pela unidade.
Conteúdo
“O disque denúncia é uma ação muito importante para divulgar o 180 e mostrar que ele funciona. As pessoas têm que saber que por meio deste telefone elas podem ajudar uma mulher em situação de violência, que por meio deste telefone é possível ajudar a diminuir os índices de feminicídio”, disse a vereadora Joice, que esteve presente à ação.
Segundo Priscila Sampaio, a lei que implementa a blitz na cidade foi criada porque “o disque 180 não era divulgado”. “Ele só funciona quando chega até a população a informação de que os casos de mulheres agredidas precisam ser denunciados”, informou. Para ela, a divulgação também ajuda as mulheres vítimas a saberem que podem ser amparadas pela rede de proteção à mulher do município.
Rede de apoio
Quem também conversou com a população sobre o disque denúncia foi a Dra. Sueli Amoedo. O órgão municipal faz cerca de 350 atendimentos contínuos e recebe por mês cerca de 40 novos casos. “Elas chegam na coordenadoria sem destino, acreditando que não é preciso fazer boletim de ocorrência, que a Justiça não funciona. Aí é preciso fazer um trabalho de sensibilização. Lá, elas fazem terapia, passam na assistência social, têm orientações jurídicas”, explicou.
Apesar de considerar o “cenário de violência contra a mulher medonho”, Sueli ressaltou que “existe mais informações hoje”. “Quando você faz uma atividade desta, você está trazendo informações para as pessoas. Elas sabem onde buscar ajuda. O estado tem que intervir, as pessoas têm que intervir. Você não precisa necessariamente entrar no meio da briga, mas você pode fazer uma denúncia”, disse. “Não existe hoje não se meter, tem que se meter, sim”, completou.
Apesar da situação preocupante quando se trata de violência doméstica, Taboão está à frente nas políticas públicas de enfrentamento à violência sofrida por mulheres. Além dos trabalhos desenvolvidos pela Coordenadoria, o município conta com a Patrulha Guardiã Maria da Penha, responsável por fiscalizar se as medidas protetivas estão sendo cumpridas, e a lei que concede auxílio aluguel as vítimas para ajudar a romper o ciclo da violência.