Servidores de SP lutam por reajuste igualitário
Não há sociedade forte com funcionalismo público fraco
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou no dia 10 de fevereiro reajuste de 20% para servidores da Saúde e Segurança Pública. As demais categorias terão aumento de 10%. O Projeto de Lei ainda não foi enviado à Assembleia Legislativa de SP (Alesp).
O Sindicato dos Servidores do Estado de SP (Sispesp) critica a diferenciação e lutam por um reajuste igualitário. “Com essa distinção o governo comete uma injustiça com servidores de muitos setores, como a administração”, afirma Kátia Rodrigues, diretora de Assuntos da Mulher do Sisepesp.
Kátia lembra que um hospital, por exemplo, não é composto apenas por médicos e enfermeiros. “Toda a estrutura é formada por porteiros, administração, limpeza, entre outros, que também trabalham na linha de frente no combate ä pandemia”, destacou a dirigente.
No 18 de fevereiro, o Sispesp enviou novo Ofício ao Governo do Estado, reiterando o pedido de audiência urgente para discutir a questão. “Não conhecemos a íntegra do Projeto, que ainda não chegou na Alesp, mas já adiantamos que vamos lutar contra essa injustiça”, garantiu Lineu Mazano, presidente do Sispesp.
A Frente Paulista em Defesa do Serviço Público, da qual o Sispesp faz parte, realizou na segunda-feira, dia 21, uma Audiência Pública para discutir o tema. Durante a atividade, servidores manifestaram sua insatisfação. “Por si só, esse índice já é insuficiente. Para repor as perdas, o reajuste deveria chegar a pelo menos 40% de forma igualitária”.
Mazano destacou que 10% sobre o salário base, pouco vai representar diante dos inúmeros descontos sofridos. “Estamos alertas 24 horas acompanhando essa discussão e se for o necessário chamarmos uma reunião para buscar a unidade de ação. O governo tem prazo, ate o final de abril. Também cabe lembrar que um reajuste diferenciado dentro do poder executivo é inconstitucional. Portanto, estamos de olho”, afirmou o presidente do Sispesp.
O anúncio ocorreu no momento em que Doria amarga baixos índices nas pesquisas eleitorais para a Presidência da República.
*por: Cinthia Ribas (Assessoria de Comunicação SISPEP)