Procon: Funcionários mantêm estado de greve até o dia 30
Em assembleia realizada na terça-feira, dia 22, funcionários da Fundação Procon aprovaram a manutenção do estado de greve da categoria, decretado no último dia 15. Em campanha salarial, os trabalhadores reivindicam, entre outros itens, reposição salarial de mais de 25% a fim de recompor as perdas dos últimos quatro anos.
Lineu Neves Mazano, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de SP (Sispesp), lembrou que durante a pandemia (entre 2019 e 2021) o Procon produziu e repassou ao governo do Estado mais de R$ 500 milhões. “Apesar desse superávit, o governo propõe um reajuste de 10,33%, sendo que esses servidores amargam uma defasagem salarial de em média 26%, pois estão há quatro anos sem reposição Sem falar que durante a pandemia a categoria não parou e, inclusive, intensificou sua atuação”, explicou Lineu Mazano, presidente do Sispesp.
Diferenciação – Ainda na terça-feira, na calada da noite, deputados da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovaram o Projeto de Lei 2/2022, do governador João Doria (PSDB), que estabelece 20% de reajuste para servidores da Saúde e da Segurança Pública; e 10% para as demais categorias. Cabe ressaltar que tais servidores sofrem perda média de 40% do poder aquisitivo, diante de anos seguidos sem reajuste.
“O texto foi aprovado por aclamação, sem a necessidade de verificação das quantidades de votos a favor ou contrários à matéria, ou seja, uma artimanha do governo. Dessa forma não sabemos quem votou a favor ou contra o projeto”, critica Lineu Mazano.
Segundo Mazano, o PL 2 estabeleceu uma discriminação entre as categorias. “A luta continua. Estamos em campanha salarial e defendendo reajuste específico por fundação ou autarquia durante as negociações. É injusto ignorar as perdas sofridas por esses servidores ao longo dos últimos anos”, completa o líder sindical.
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*por: Cinthia Ribas