Tambor de Mina: A maçonaria negra brasileira
A nomenclatura Tambor de Mina é a mais assertiva para as religiões afro-brasileiras que se desenvolveram nos estados do Pará, Amazonas e Maranhão. A composição dessa nomenclatura combina tambor que é um instrumento de grande importância nos rituais do culto junto com mina que era a forma como os escravos que vinham da costa leste do Castelo de São Jorge da Mina (atualmente República de Gana) eram conhecidos na região.
Os Escravos e o Tambor de Mina
O estado do Maranhão teve grande força na história da mão-de-obra escrava africana especialmente no período entre os anos de 1750 e 1850. A capital maranhense foi um dos principais cenários de emprego desse trabalho escravo africano. Um dos reflexos dessa participação dessa mão-de-obra são os casarões e outras construções grandiosas que somente puderam ser erguidas com o trabalho dos escravos. No Maranhão também era forte o cultivo de algodão e cana-de-açúcar e por isso essa mão-de-obra era tão preciosa.
Características do Tambor de Mina
Algo interessante de se observar é que a religião Tambor de Mina guarda semelhanças com outras religiões africanas que se desenvolveram no Brasil durante essa fase da escravidão como o Candomblé, Batuque e Jarê. Trata-se de uma religião em que a possessão está presente assim como tem fases de transe. Os participantes passam por uma fase de iniciação.
Contudo, esses rituais de iniciação do Tambor de Mina são discretos de maneira que não se faz alarde dos mesmos. Eles acontecem em terreiros para somente algumas pessoas. Nessa religião são poucos os que recebem os graus mais elevados ou a chamada iniciação completa.
Nagô e Jeje – Os Dois Tipos de Tambor de Mina
São dois os tipos de Tambor de Mina do Maranhão: Mina Nagô e Mina Jeje. A derivação Mina Jeje é a mais antiga que se estabeleceu tendo como base o terreiro mais antigo do Maranhão em torno da Casa Grande das Minas Jeje que teve sua fundação no ano de 1840. Já o outro terreiro é quase da mesma época e é o da Casa de Nagô que fica a quase uma quadra do primeiro.
Conhecendo Melhor as Casas de Culto do Maranhão
Casa das Minas
Também conhecida como Querebentã de Toy Zomadonu teve sua fundação no século XIX, de acordo com os registros históricos por Nã Agotimé que pertencia a família real de Abomey, ela era casada com o rei Agonglô. Trazida ao Brasil como escrava passou a ser chamada de Maria Jesuína. O foco dessa casa é o culto jeje dos voduns.
Contudo, esses rituais de iniciação do Tambor de Mina são discretos de maneira que não se faz alarde dos mesmos. Eles acontecem em terreiros para somente algumas pessoas. Nessa religião são poucos os que recebem os graus mais elevados ou a chamada iniciação completa.
Nagô e Jeje – Os Dois Tipos de Tambor de Mina
São dois os tipos de Tambor de Mina do Maranhão: Mina Nagô e Mina Jeje. A derivação Mina Jeje é a mais antiga que se estabeleceu tendo como base o terreiro mais antigo do Maranhão em torno da Casa Grande das Minas Jeje que teve sua fundação no ano de 1840. Já o outro terreiro é quase da mesma época e é o da Casa de Nagô que fica a quase uma quadra do primeiro.
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Casa das Minas
Também conhecida como Querebentã de Toy Zomadonu teve sua fundação no século XIX, de acordo com os registros históricos por Nã Agotimé que pertencia a família real de Abomey, ela era casada com o rei Agonglô. Trazida ao Brasil como escrava passou a ser chamada de Maria Jesuína. O foco dessa casa é o culto jeje dos voduns.
Contudo, esses rituais de iniciação do Tambor de Mina são discretos de maneira que não se faz alarde dos mesmos. Eles acontecem em terreiros para somente algumas pessoas. Nessa religião são poucos os que recebem os graus mais elevados ou a chamada iniciação completa.
Nagô e Jeje – Os Dois Tipos de Tambor de Mina
São dois os tipos de Tambor de Mina do Maranhão: Mina Nagô e Mina Jeje. A derivação Mina Jeje é a mais antiga que se estabeleceu tendo como base o terreiro mais antigo do Maranhão em torno da Casa Grande das Minas Jeje que teve sua fundação no ano de 1840. Já o outro terreiro é quase da mesma época e é o da Casa de Nagô que fica a quase uma quadra do primeiro.
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Casa das Minas
Também conhecida como Querebentã de Toy Zomadonu teve sua fundação no século XIX, de acordo com os registros históricos por Nã Agotimé que pertencia a família real de Abomey, ela era casada com o rei Agonglô. Trazida ao Brasil como escrava passou a ser chamada de Maria Jesuína. O foco dessa casa é o culto jeje dos voduns.
O Transe
A entrada em transe que acontece durante as cerimônias de Tambor de Mina é tão discreta quanto a religião. Em geral se pode perceber que uma pessoa entrou em transe por alterações em suas vestimentas como a adição de uma toalha branca amarrada na cintura ou mesmo pelo uso de um lenço preso na mão ou no braço. Os participantes devem girar muitas vezes no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio numa dança que oferece um lindo espetáculo para quem assiste.
Matriarcado do Tambor de Mina
Algo interessante de observar na religião Tambor de Mina é que cerca de 90% dos participantes são mulheres. Devido a isso alguns especialistas se referem a religião como sendo um matriarcado uma vez que as mulheres são responsáveis pelo comando. Uma das principais funções dos homens nessa religião é tocar tambores que são os chamados abatás o que faz com que sejam chamados de abatazeiros.
Também cabe aos participantes homens realizar atividades como matar animais e fazer alguns tipos de transporte. Existem casas de tambor de mina que são dirigidas por homens e que dessa forma contam com mais participantes homens até mesmo nas rodas de dança.
O Sincretismo do Tambor de Mina
Vários elementos de outras religiões vêm sendo adicionados ao Tambor de Mina no decorrer do tempo. Esses elementos convivem com boa harmonia dentro dessa religião. Porém, o que vem abalando essa religião é na verdade a abertura do leque para outras religiões de origem africana como o Candomblé e Umbanda que não tem origem no Maranhão, mas que já fazem parte da rotina dos líderes de terreiro.
*pesquisa realizada: Eliane Souza (Folha do Pirajuçara)